HISTÓRIA GERAL DA EDUCAÇÃO


Na Antiguidade romana, a agricultura, a guerra e a política constituíam o programa de ensino que um romano nobre deveria realizar. A educação que os aristocráticos patrícios (proprietários rurais e guerreiros) recebiam tinha por objetivo perpetuar os valores da nobreza de sangue e cultuar seus ancestrais. Ainda com um caráter primário, a aprendizagem se dava a partir de valores morais e disciplinares, centrada na formação do caráter do indivíduo com base em métodos de imitação, ensinados pela própria família, já que o Estado não assumia essa tarefa.

 

Sobre a educação no período heroico-patrício, analise as afirmativas abaixo, classificando-as em (V) verdadeiras ou (F) falsas.

 

( ) Até os sete anos as crianças de ambos os sexos permaneciam sob os cuidados da mãe ou de outra matrona, “mulher respeitável”.

( ) As práticas de ensino na Roma heroico-patrícia privilegiavam a leitura, a escrita e a reflexão filosófica, tendo em vista a contemplação intelectual e teorização do mundo.

( ) A educação de meninos e meninas diferenciava-se em função da manutenção dos valores da nobreza de sangue perpetuados em uma estrutura social paterfamiliar.

( ) A formação moral dos meninos baseava-se na vivência cotidiana e imitação dos modelos representados pelo pai e pelos antepassados.

( ) A formação intelectual dos jovens ocupava um lugar privilegiado e, somente em condição de guerra, os meninos eram encaminhados à função militar.

 

Assinale a sequência CORRETA.


V, F, V, V, F.


F, F, V, V, V.


V, V, F, F. F.


V, V, F, F, V.


F, V, F, F, V.

“O tempo é o sentido da vida. (Sentido: como se diz o sentido de um riacho, o sentido de uma frase, o sentido de um pano, o sentido do odor” (CLAUDEL apud ARANHA, 2006, p. 20). Sobre o sentido da história como dimensão fundamental da condição humana, é CORRETO afirmar que:


A história não se relaciona com o trabalho e com a produção da cultura.


O homem é um ser formado no conjunto das relações sociais, políticas, éticas e estéticas de um contexto histórico-social concreto.


A assimilação da herança cultural constitui-se como um evento isolado dos processos históricos.


O homem é um ser abstrato e universal, já que o tempo sempre se esgota na ação que ele realiza.


O uso instrumental da memória é fundamental para a construção de uma visão da história como processo.

No mapa abaixo, podemos observar a demarcação do “Crescente Fértil”, região do Oriente Médio, irrigada pelos rios Jordão, Eufrates, Tigre e Nilo e que, historicamente, foi habitada por diversos povos da chamada Antiguidade Oriental. A região do “Crescente Fértil” se estende das planícies aluviais do Nilo, continuando pela margem leste do Mediterrâneo, em torno do norte do deserto sírio e através da Península Arábica e da Mesopotâmia, até o Golfo Pérsico.

 

Crescente Fértil

 

O surgimento das primeiras civilizações nesta região – norte da África e na Ásia –marca a transição de um modelo social igualitário, comum às comunidades tribais, para uma sociedade de classes. O desenvolvimento dos ofícios especializados, das técnicas de agricultura, pastoreio e o surgimento do comércio, deram forma a uma sociedade complexa, assinalada pela rígida divisão de classes, pela religião organizada e pelo Estado centralizador.

 

Das características de organização social nas civilizações orientais, é CORRETO afirmar que:


São sociedades de estruturas homogêneas e igualitárias, com pequena participação da religião e ampla mobilidade social decorrente da divisão do trabalho.


São sociedades hidráulicas, teocráticas, de economia baseada na propriedade estatal e servidão coletiva, expressiva influência da religião e nenhuma mobilidade social.


São sociedades sem organização jurídica e, por isso, a presença da religião organizada constitui por meio dos ritos sagrados a base cultural necessária para a coesão do grupo.


São sociedades burocráticas, com inexpressiva influência da religião e economia baseada no trabalho coletivo de acesso igualitário aos bens de consumo.


São sociedades complexas e burocráticas, porém com organização social flexível e economia baseada na propriedade privada da terra e dos produtos do trabalho.

Leia, com atenção, a imagem e o texto a seguir.

 

 

Um dos períodos mais fascinantes da história humana é a pré-história. Esse período não foi registrado por nenhum documento escrito, pois é exatamente a época anterior à escrita. [...] As primeiras expressões da arte eram muito simples. Consistiam em traços feitos nas paredes de argila das cavernas [...] somente muito tempo depois de dominarem a técnica das mãos em negativo, é que os artistas pré-históricos começaram a desenhar e a pintar animais.

 

(PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Ática, 2001, p. 10)

 

Sobre a pintura rupestre como forma de registro na pré-história, julgue os itens que seguem.

 

I O simplismo da arte rupestre limita a pesquisa histórica e a construção de conhecimentos sobre as formas de organização da vida dos povos primitivos.

II O surgimento da arte rupestre marca também o surgimento da escrita como forma de registro do cotidiano do homem primitivo.

III A arte rupestre surge na pré-história como forma de representação ágrafe dos diferentes costumes e do cotidiano do homem primitivo.

 

Está CORRETO o que se afirma em:


III, somente.


II, somente.


I, somente.


I e II.


II e III.

Leia, com atenção, a narrativa a seguir.

 

Ao lado dos cuidados com a educação física, destacava-se a formação intelectual para que melhor se pudesse participar dos destinos da cidade. A educação iniciava aos sete anos: meninos desligavam-se da mãe para iniciar a alfabetização e a educação física e musical; meninas permaneciam no gineceu, local onde aprendiam e se dedicavam aos afazeres domésticos.

 

A narrativa em destaque diz respeito ao modelo de educação:


romana.


egípcio.


ateniense.


espartano.


hebraica.

Leia, com atenção, o texto a seguir.

 

A história é a história do homem, visto como um ser social, vivendo em sociedade. É a história das transformações humanas, desde o seu aparecimento na terra até os dias em que estamos vivendo. Desde o início, portanto, pode-se tirar uma conclusão fundamental: quer saibamos ou não, quer aceitemos ou não, somos parte da história, e todos desempenhamos nela um papel. E temos então, todos, desde que nascemos, uma ação concreta a desempenhar nela (BORGES, 2005, p. 49).

 

O texto acima chama atenção para duas importantes características: (i) o homem como o sujeito concreto da história; (ii) a história se desdobra das condições reais que o homem encontra já estabelecidas no mundo, e não das condições ideais que idealiza. A respeito dessas características, é CORRETO afirmar que:

 

I o homem é um ser abstrato e suas ações esgotam-se no tempo em que se realizam. Nesse sentido, a história é apenas um memorial dos eventos que lhe são inerentes.

II a materialidade da experiência humana encontra-se inserida na história. Por isso, o sentido de suas ações é restrito ao tempo dos acontecimentos.

III o registro das experiências e das trajetórias humanas ocorre de diferentes formas. Os “causos” contados pelos mais velhos são exemplos da construção oral da história.

 

Está CORRETO o que se afirma em:


III, somente.


I, somente.


II e III.


II, somente.


I e II.

Há uma visão antropológica comum na Renascença que concebe o homem como um microcosmo, a partir da reflexão iniciada pelo filósofo e teólogo Nicolau de Cusa (1401-1464). Essa ideia expressa a fé nas potencialidades inscritas no ser humano, que pode tanto elevar-se a divino quanto degenerar-se no pior dos seres. O rosto ou a figura que essa potencialidade receberá deve-se ao livre-arbítrio. Assim, cada homem é um mundo em potencial.

 

(MEIER, C. Filosofia: por uma inteligência da complexidade. Belo Horizonte: Ed. Pax, 2014)

 

Sobre a concepção de homem postulada pelo humanismo renascentista, julgue os itens a seguir.

 

I A ênfase na liberdade e na autonomia humana explicava a ascensão do ateísmo e o descaso com o dogmatismo que sustentava o mundo religioso.

II A valorização da dignidade humana fundamentada na liberdade indicava a busca pelo equilíbrio entre emoção, experiência e razão.

III A relevância da dimensão espiritual do homem destacava a superioridade da fé e a subordinação da razão à verdade acolhida como revelação divina.

 

Está CORRETO o que se afirma em:


I e III.


I e II.


II, apenas.


I, apenas.


III, apenas.

Foi durante a Renascença que surgiu o costume de dividir a história do mundo em três grandes épocas: Antiga, Medieval e Moderna. Sobre o conceito de Idade Média, avalie as afirmações a seguir.

 

I A definição de Idade Média elaborada no Renascimento coaduna a crença de que a humanidade passou por um processo contínuo de progresso desde seus primórdios até à Idade Moderna.

II Para os Renascentistas, a Idade Média fora marcada de profunda ignorância e superstição; nela, o homem interessava-se somente em fugir às misérias do mundo e aos tormentos do inferno.

III Com o Renascimento Carolíngio, no século VIII, a Europa mergulhou definitivamente no ruralismo econômico, no ascetismo e no purismo anglo-saxão da tradição romana.

 

Está CORRETO o que se afirma em:


I e III.


I, apenas.


II e III.


I e II.


III, apenas.

Segundo o historiador Marc Bloch (2001, p. 55), “a História é ciência dos homens, no tempo”. Logo, todos os campos do saber lhe interessam e devem ser motivo de reflexão. Acerca da História como campo de conhecimento e disciplina de estudo, assinale a alternativa CORRETA.


A História é o estudo do homem no tempo, logo deve ocupar-se do somente do exame do passado.


A História é uma ciência exata, propriedade comum às ciências humanas.


A História se constitui como um contínuo fluxo de elaboração; seu conhecimento é essencialmente inacabado.


O historiador é aquele a quem cabe a reconstrução exata dos fatos históricos.


A História se constitui na relação tempo e fato; o sujeito é apenas seu narrador.

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental “o ensino e a aprendizagem da história envolvem uma distinção básica entre o saber histórico [...] e o saber histórico escolar” (PCNEF, 1996, p. 29). Sobre a diferença entre o saber histórico e o saber histórico escolar, julgue os itens abaixo:


I O saber histórico diz respeito ao campo da pesquisa e produção de conhecimentos sob o domínio dos especialistas.

II Tanto o saber histórico quanto o saber histórico escolar fundamentam-se à forma das representações sociais construídas pela vivência dos sujeitos no campo educação.

III O saber histórico escolar refere-se à reelaboração do conhecimento produzido no campo da pesquisa, a partir da mediação pedagógica professor/aluno.

IV O campo da produção historiográfica, de reconstrução e escrita da história é relativo ao saber histórico.

V Excluindo as diversas fontes de informação veiculadas pela comunidade e pelos meios de comunicação, o saber histórico escolar diz respeito somente ao conhecimento produzido no campo da mediação didático-pedagógica.


Estão CORRETAS as afirmativas:


II e V.


II, IV e V.


I, III e IV.


I e IV.


III, somente.